Dezenas de professores da rede municipal se reuniram novamente em frente à Câmara dos Vereadores antes da reunião ordinária. Proposta do Executivo previa criação do cargo de auxiliar de Educação, abrindo brecha para demissão de professores e contratação de mão de obra barata.
Felipe Assis - FESEMPRE
11/12/2013 • 20:51
Os profissionais atuariam dentro das salas de aula, mas com salários menores. Seriam R$ 678 por uma carga horária de 30 horas semanais. Atualmente os professores recebem R$ 1.100 por 25 horas.
Acácio Maciel, diretor regional da FESEMPRE e presidente do SINDSERV de Pompéu, acompanhou a manifestação. A secretária do Sindicato, Eudalice Louzada, também esteve presente. Em entrevista para o SBT, ela explicou o ardil da Prefeitura: "No final do ano se encerram os contratos. Então, faz-se a lista dos interessados para novas contratações. Agora o número de professores seria reduzido, ou pior, eles voltariam como auxiliares de educação infantil".
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Assumindo o cargo de auxiliar, além de ganharem menos, os professores perderiam a contagem do tempo para aposentadoria. "O ensino seria comprometido, prejudicando as crianças. Não está fácil trabalhar na educação, a desvalorização é generalizada", considera Acácio, que saiu satisfeito ao final.
Comemoração
Embora impedidos de falar durante a reunião, embora tenham pedido a palavra, os membros do Sindicato, assim como os educadores presentes, comemoraram a retirada do PLC. "De qualquer forma, o cancelamento da votação foi uma vitória, ainda que não seja definitiva", diz Eudalice.
O prefeito promete trazer o assunto à tona novamente, após tomar "medidas de ajustes de contas". Como foi a última reunião ordinária da Câmara de Martinho Campos, o assunto só deve chegar ao Legislativo em fevereiro do ano que vem.
Vergonhosamente, a Secretária de Educação Municipal fugiu de um compromisso agendado com a TV Alterosa, que cobriu de forma digna o evento, dando voz aos educadores. Até ontem não houve qualquer satisfação à sociedade.
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Em Martinho Campos, a Constituição e as lei não servem de parâmetro para os administradores. Para se ter uma ideia, o número de servidores sem vínculo efetivo (contratados temporários) é muito maior que o número de servidores efetivos. Além disso, as contratações são feitas de forma pessoal, política e sem processo seletivo. Aqui é mesmo um lugar sem comparação. Espera-se que o Ministério Público e o Poder Judiciário ajudem a mudar essa realidade de desmandos em nosso município.
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