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terça-feira, 1 de março de 2011

Ser presidente é como ter que escalar o Everest, diz Dilma


A presidente participou do programa 'Mais Você', de Ana Maria Braga.
Dilma falou que parte ruim da presidência é não poder 'andar na rua'.
Do G1, em Brasília
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A presidente Dilma Rousseff no programa
Mais Você. (Foto: Reprodução TV Globo)
A presidente Dilma Rousseff afirmou no programa "Mais Você", da Rede Globo, que foi ao ar na manhã desta terça-feira (1º), que ser presidente é "como se todos os dias eu tivesse que escalar o Everest, não tem um dia que você não tenha uma porção de problemas para resolver".
Dilma foi entrevistada pela apresentadora Ana Maria Braga. A presidente chegou de helicóptero à Central Globo de Produção, em Jacarepaguá, no Rio. Ela foi recebida na porta do estúdio por Ana Maria. A apresentadora mostrou à Dilma as instalações do estúdio e as árvores e plantas na parte externa.
Ana Maria serviu café para Dilma e elas conversaram sobre a luta contra o câncer, doença que ambas enfrentaram. "Você [Ana Maria] foi muito solidária comigo durante a doença. Você foi solidária na hora em que a gente está enfrentando o desafio", disse a presidente. "A gente sai mais forte. O que importa é a vida", disse.
Dilma afirmou ter seguido o exemplo da apresentadora de apoiar outras pessoas que também tiveram câncer. "A solidariedade é um gesto fundamental", disse. Durante o programa, foi mostrado um vídeo com depoimentos de pessoas próximas à presidente.
No programa, Ana Maria comentou o fato de verem a presidente como uma pessoa dura. “É interessante como esperam de nós, mulheres, uma certa fragilidade. Isso decorre do fato de que a mulher, quando assume um alto cargo, é vista fora do seu papel”, disse a presidente. "Sou uma mulher forte cercada por homens meigos".
Sobre a filha, Paula, Dilma afirmou que ela prefere ser "mais discreta e mais afastada". Dilma e Ana Maria conversaram também sobre os netos. "Não tem responsabilidade [de ficar educando], mas tem um carinho enorme". A presidente disse que não entendia quando amigo lhe diziam 'agora tenho que sair para ver meu neto', mas que com o nascimento do neto Gabriel passou a entender tal situação.
Dilma falou sobre o pai, o búlgaro Pedro Rousseff, que veio para o Brasil na década de 30 do século passado. Segundo a presidente, o pai a incentivou a ler, indicou livros de Dostoiévski e Jorge Amado e sempre transmitiu aos filhos a importância da educação.
Sobre a rotina de trabalho, a presidente disse que tem uma jornada de 12 horas. Dilma disse ter a impressão de "que o governo começou ontem" e que "passa muito rápido".
Política
Ana Maria questionou Dilma ter recebido um bambolê quando ainda era ministra-chefe da Casa Civil. O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, presenteou Dilma com um bambolê para que ela ganhasse uma pouco mais de jogo de cintura. "Encarei com muita seriedade, mas devolvi", disse Dilma. Recentemente, ela disse que devolveria o presente ao líder do PMDB.
Dilma disse que gostaria de ter 13 mulheres como ministras, mas que isso não foi possível porque "há uma certa preferência por indicar homens". A presidente afirmou que por ser um governo de coalizão, é necessário atender algumas indicações.
Sobre ter escolhido ser chamada de presidenta, Dilma explicou que "não é nenhuma barbaridade do ponto de vista gramatical, não é errado". "A primeira mulher tem obrigação de ser presidenta. É uma obrigação com as mulheres deste país", afirmou.

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