Questões administrativas e de atuação estratégica também foram discutidas no encontro.Representando mais de 40 regionais da FESEMPRE, os 60 sindicalistas que participaram da reunião sanaram dúvidas sobre diversos temas, contribuíram com sugestões e encaminharam o eixo do evento anual.
Como muitos sindicalistas e servidores pretendem concorrer a cargos no Executivo e Legislativo municipal neste ano, a reunião da diretoria da FESEMPRE começou abordando a participação do dirigente sindical no processo eleitoral. Esta é uma bandeira levantada pela FESEMPRE: a participação do sindicalista e servidor nos processos políticos democráticos. Apenas as lideranças dos trabalhadores podem transformar a realidade desse país. Outro item que tomou boa parte do tempo no encontro foi o temário a ser abordado no 8º Congresso Interestadual, a se realizar em agosto próximo. Parte dos temas sugeridos já foram apreciados e o eixo central será definido em breve. O presidente da FESEMPRE, Aldo Liberato, adianta alguns dos possíveis alvos de palestras e debates: “Obviamente não podemos nos dar ao luxo de renegar questões cruciais no contexto atual do servidor público, como terceirização, greves, negociação coletiva, reformas previdenciárias e qualificação do dirigente. O cenário é crítico, é um momento decisivo na história do serviço público e do sindicalismo brasileiro, e qualquer omissão pode ser fatal”, prevê o sindicalista.
Sem fugir da responsabilidade
No evento, a diretoria definiu os rumos que a Federação tomará nos proximos meses.
A FESEMPRE professa que o dirigente sindical, por ocupar posição proeminente, representando toda uma categoria funcional, precisa estar à frente dos processos políticos decisórios, chamando a responsabilidade para si. No entanto, para bem desempenhar esse papel, depara-se com o desafio da capacitação. “Infelizmente muita coisa nesse país ainda funciona à base do improviso, o que culmina em falta de comprometimento, amadorismo. A verdade é que muitas pessoas que ocupam postos importantes, não só no sindicalismo, mas na sociedade em geral, não estão aptas para assumir essa função. Por isso que a Federação se preocupa, bate tanto nessa tecla da capacitação no movimento sindical. Sem ela nada muda”, diagnostica Afonso Donizeti, assessor sindical da FESEMPRE. Sindicalista apaixonado, Afonso fez um discurso inflamado aos diretores. Em complemento a sua análise, Antônio Sardinha, orientador sindical, emendou: “A reunião de agora congrega diretores da Federação. Vocês é que formam a entidade e devem, portanto, vestir a camisa. Precisam conhecer a fundo as questões sindicais, ser atuantes, mas não de forma inconseqüente, promovendo ações mal planejadas, como greves que terminam em prejuízo para o servidor. Precisam dominar as minúcias legais”.
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