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quinta-feira, 7 de abril de 2011

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO CORRE RISCO DE VIDA NO RIO DE JANEIRO

07/04/2011 10h38 - Atualizado em 07/04/2011 12h10
'Pensei que fosse morrer', conta aluno de escola atacada no RJ
Menino estava no último andar da escola quando ouviu os disparos.
Segundo a polícia, ex-aluno entrou em sala de aula atirando contra alunos.

Do G1 RJ
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O estudante Marcus Vinícius (Foto: Thamine Leta/G1)O estudante Marcus Vinícius ouviu muitos tiros na
escola (Foto: Thamine Leta/G1)

O estudante Marcus Vinicius estava no último andar da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, quando ouviu muitos tiros.

"A professora mandou todo mundo abaixar e trancou a porta. Foi terrível. Fiquei muito nervoso. Pensei que fosse morrer", diz o menino, de 10 anos.

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Sua mãe, Lúcia Regina Nunes, que mora em frente à escola, ao ouvir os primeiros disparos correu preocupada para ver o que acontecera.

“Nunca vi isso aqui. É um lugar calmo. Só ouvi barulho de tiros. Meu filho e meus dois sobrinhos estudam nesta escola. Fiquei desesperada”, lembra ela.
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Segundo o Secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, já chega a 11 o número de mortos no episódio, contando com o atirador. Ao todo, já são 18 pessoas feridas.

Atirador deixou carta
O atirador foi identificado pela polícia como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos. Segundo a Polícia Militar, ele era ex-aluno da escola.

De acordo com o coronel da polícia Djalma Beltrami, Wellington deixou uma carta, segundo ele, com inscrições complicadas, no local. “Ele tinha a determinação de se suicidar depois da tragédia”, contou Beltrami. A carta foi entregue a agentes da Divisão de Homicídios.

Conhecido na escola por ser ex-aluno, ele teria entrado sob alegação de que iria fazer uma palestra. Segundo a polícia ele usou dois revólveres, que chegou a recarregar várias vezes.

Segundo a polícia, uma equipe da Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV) passava próximo ao local e foi à escola depois de ver crianças correndo pela rua.
Mapa da escola Tasso da Silveira, em Realengo (Foto: Arte/G1)Mapa da escola Tasso da Silveira, em Realengo
(Foto: Arte/G1)

Funcionária viu crianças feridas
“O cara entrou, foi para o terceiro andar e começou a atirar. As crianças disseram que foi pai de aluno. Vimos muitas crianças carregadas, desacordadas, baleadas”, disse uma funcionária da escola, que preferiu não se identificar.

“Começamos a ouvir tiros. Com o eco, parecia que uma coisa estava desabando. Todo mundo correu. Depois, a professora chegou dizendo que o cara chegou atirando em uma sala. Foi um desespero”, afirmou ela.

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