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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Marcha contra corrupção reúne manifestantes pela 2ª vez em Brasília


12/10/2011 12h27 - Atualizado em 12/10/2011 15h03
Marcha contra corrupção reúne manifestantes pela 2ª vez em Brasília
Manifestantes foram à Esplanada dos Ministérios com vassouras.
Segundo Polícia Militar, caminhada reuniu cerca de 7.000 pessoas.
Naiara Leão
Do G1, em Brasília
Jovens usaram novamente vassouras que haviam sido fincadas em frente ao Congresso para protestar. (Foto: Mario Ângelo/Sigmapress/AE)
Manifestantes realizaram na manhã desta quarta-feira (12), pela segunda vez em Brasília, ato contra a corrupção. Com faixas, bandeiras do Brasil e caras pintadas, caminharam do Museu da República até o Palácio do Planalto com pedidos que vão desde a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições do ano que vem até a realização de concurso público.
Veja galeria de fotos da 2ª Marcha contra a Corrupção
A marcha, que teve sua primeira edição em 7 de setembro, reuniu cerca de 7.000 pessoas, segundo informações da Polícia Militar. No feriado do Dia da Independência, a PM contabilizou 40 mil manifestantes.

Jovens usaram novamente vassouras que haviam sido fincadas em frente ao Congresso para protestar. (Foto: Mario Ângelo/Sigmapress/AE)
Embora o foco da marcha desta vez tenha sido o fim do voto secreto nas votações do Congresso e a validação da Lei da Ficha Limpa para as eleições de 2012, muitos manifestantes aproveitaram para fazer reivindicações paralelas, como o aumento de salário para militares e a realização de mais concursos públicos.
A pedagoga Ivone Luzardo, presidente da União Nacional das Esposas de Militares, carregava uma faixa pedindo aumento salarial. "Se não tivesse tanta corrupção, a gente estaria melhor no orçamento", afirmou.
O publicitário Timóteo da Cunha levava uma faixa com versículos bíblicos com amigos da igreja. "Queremos pregar remissão e arrependimento dos políticos", disse. "A gente acredita na restauração da Igreja, que teve um papel político no passado, mas não está tendo esse papel hoje", afirmou o bancário Paulo Rezende.
Muitos manifestantes carregavam faixas com temas ligados ao Judiciário. Alguns pediam agilidade em processos judiciais. Outros se manifestavam a favor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na ação que pode limitar os poderes do órgão e será julgada pelo Supremo Tribunal Federal.
Marcha (Foto: Naiara Leão/ G1)
Fantasiados e com faixas, manifestantes também focaram o Judiciário na marcha (Foto: Naiara Leão/ G1)
"A ministra Eliana Calmon [corregedora nacional do CNJ] fez um discurso de combate a juízes corruptos e foi tolhida. Nós declaramos nosso apoio a ela", disse o servidor público Rodrigo Bessoni.
Durante a concentração, um manifestante que carregava uma faixa com os dizeres "apoio a Eliana" chegou a ser vaiado por outros manifestantes. A organização do evento, que se declara apartidário, incitou a vaia por achar que a mensagem se referia à deputada distrital Eliana Pedrosa. Diante da explicação do manifestante de que o apoio era à ministra Eliana Calmon, a organização pediu desculpas.
O artesão Antônio Macedo foi à marcha com o carro decorado por peças que ele mesmo produz. Ele planejava um ato contra a corrupção em Santo Antônio do Descoberto (GO), no Entorno do DF, mas quando soube da marcha decidiu mudar o trajeto.
"Esse carro tem a sentinela, as velas do velório, o sepultamento da corrupção", explicou Macedo. "Não sou comunista, não sou subversivo, não sou revolucionário. Só sou envergonhado", afirmou.
"Esse carro tem a sentinela, as velas do velório, o sepultamento da corrupção", diz artesão Antônio Macedo. (Foto: Naiara Leão/ G1)
"Esse carro tem a sentinela, as velas do velório, o sepultamento da corrupção", diz artesão Antônio Macedo. (Foto: Naiara Leão/ G1)
O empresário mineiro André Luiz de Santos, que veio de Ponte Nova (MG) e se amarrou a uma cruz em frente ao Congresso na terça (11), disse que seu protesto "é pela paz e um país corrupto não dorme em paz nunca".
Marcha (Foto: Naiara Leão/ G1)
Empresário que se amarrou em frente ao Congresso participa de marcha preso a uma cruz e funcionários públicos pedem relização de mais concursos (Foto: Naiara Leão/ G1)
Alguns pais levaram os filhos para comemorar o Dia das Crianças na Marcha. A farmacêutica Patrícia Teixeira estava com a filha Júlia, 8 anos. As duas usavam a mesma roupa e acessórios para fazer "uma faxina contra a corrupção": avental, escova, luvas e vassouras. "Acho importante conscientizar. Se a gente não colocar esse princípio na cabeça delas, não vai adiantar", disse.
A caminhada, cujo início estava previsto para as 10h, se encerrou em torno de 12h30, em frente ao Palácio do Planalto, onde os manifestantes cantaram o hino nacional.

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