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segunda-feira, 11 de abril de 2011

11/04/2011 12h19 - Atualizado em 11/04/2011 12h44 Gari passa mal ao fazer a limpeza de escola após massacre

Atirador matou 12 crianças na última quinta (7) em escola municipal.
Professores devolvem materiais escolares abandonados no dia da tragédia.

Thamine Leta
Escola de Realengo limpa  (Foto: Jadson Marques/AE)Garis, com ajuda de funcionários, fazem a limpeza na escola de Realengo (Foto: Jadson Marques/AE)
Durante a limpeza que acontece na manhã desta segunda-feira (11) na escola municipal Tasso da Silveira, um gari se emocionou ao ver o cenário do massacre que aconteceu na última quinta (7), em Realengo, na Zona Oeste do Rio e passou mal.

 “O Ricardo ficava assobiando e cantando para tentar se distrair. Mas ficou lembrando das crianças correndo, viu sangue nas paredes. Passou mal e foi liberado”, contou Marcelo de Oliveira, que também trabalha como gari e ajuda na limpeza do local. Segundo funcionários da escola, Ricardo, trabalha na limpeza da escola e conhecia as vítimas.
“A situação lá dentro ainda é muito marcante”, descreveu Marcelo. O mutirão de garis continua no local até que todo o colégio seja limpo.
Pais voltam à escola
Equipes de funcionários da escola estão recolhendo e organizando todo o material de estudo que foi deixado para trás no dia do massacre. Simone Ferreira, de 38 anos, é mãe de Juliana, que estava estudando quando o atirador entrou na escola. “Estou chateada, triste”, disse ela, que conseguiu pegar o material da filha.

Os pais dos alunos estão recebendo atendimento psicológico na Clínica da Família, em Realengo. Segundo o colégio, nesta segunda, todos os professores também serão orientados por psicólogos na própria instituição.
Segundo a direção da escola, esta semana haverá uma reunião com os professores para formar uma comissão que ira´se reunir com as autoridades.

Ainda segundo a direção, na próxima quarta-feira (13), as escolas da rede municipal irão parar por duas horas para discutir "melhorias gerais na rede após este episódio".

As unidades remeterão um documento à Secretaria Municipal de Educação, que irá verificar o que pode ser feito.

Duas crianças seguem em estado grave
A menina de 13 anos internada no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, após o ataque a escola, saiu do estado grave e se encontra em um quadro estável, de acordo com o último boletim divulgado pela assessoria da Secretaria estadual de Saúde, neste domingo (10).

Ela foi atingida no abdômen e na coluna e foi operada no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. A menina já respira espontaneamente e está lúcida. Ao todo, dez vítimas ainda estão hospitalizadas em seis unidades do estado, duas delas seguem em estado grave.

O corpo do atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, segue no Instituto Médico Legal (IML) neste domingo (10). Segundo o IML, será dado um prazo de 15 dias para algum familiar fazer a retirada, do contrário, o rapaz será enterrado como "corpo não reclamado".

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